A coordenação do Sinasefe-SP é solidária ao Núcleo de Estudos sobre Gênero e Sexualidade (NUGS/IFSP) quanto aos ataques sofridos relativos ao Programa de Enriquecimento dos Acervos das Bibliotecas dos Campi.

O trabalho com respaldo curatorial, científico e institucional, realizado para a inauguração deste acervo, vem sendo questionado por agentes institucionais, no âmbito do IFSP, sobre possíveis “perigos de revoltas de famílias”. O que nos leva a crer que há no interior da instituição uma estratégia discursiva que, por si só, já demonstra reatividade quanto à inclusão de temas que abordem questões LGBTQIAPN+ na escola, sendo este público o que mais constantemente sofre invisibilidade e vulnerabilidade na sociedade.

A escola deve ser um espaço de promoção da inclusão, sendo a educação um direito universal. E por ser diversa a sociedade, a escola é o espaço do compartilhamento de todo o conhecimento universalmente produzido. Ela não pode corroborar com cerceamento ao acesso de materiais literários e científicos que tratem de outros universos que não sejam apenas o universo heteronormativo.

Apelamos para o fato de que a Constituição de 1988 destaca o princípio fundamental da garantia do direito à dignidade humana, que agrega a afirmação positiva do pleno desenvolvimento de todas as individualidades, independentemente de raça, religião, gênero, idade, nacionalidade ou qualquer outra característica. Todos os dias, a comunidade LGBTQIAPN+ precisa lutar para existir.

Estamos juntes nessa trincheira!