O Encontro Estadual Online das Trabalhadoras e Trabalhadores do IFSP, realizado na última quinta-feira, dia 3 de setembro, contou com a participação de mais de 35 pessoas de 12 unidades da instituição. Estavam representados os campi: Boituva, Campinas, Caraguatatuba, Capivari, Hortolândia, Itaquaquecetuba, Jundiaí, São Carlos, São João da Boa Vista, São José dos Campos, São Paulo e Reitoria.
O evento convocada pelo Sinasefe-SP teve como principal objetivo estimular a escuta, afinal não basta apenas determinar uma forma de transpor o ensino presencial para o remoto, é preciso conhecer as realidades materiais – condições de trabalho, acesso à internet, equipamentos, espaço físico – e também subjetivas – condições psicossociais, de saúde e familiares – de todos que integram a comunidade escolar.
Confira, no vídeo, a abertura da reunião com as contribuições das pesquisadoras Aparecida Neri de Souza (Unicamp) e Liliane Bordignon (Fundação Carlos Chagas). As professoras fazem uma exposição sobre as análises preliminares da pesquisa sobre as “Condições de Trabalho no IFSP em tempos de pandemia Covid-19” desenvolvida pelo sindicato. Acompanhe também os informes das professoras Janaina de Alencar (Núcleo de Estudos sobre Gênero e Sexualidade/NUGS) e Márcia Teani (Coordenadora da Pasta de Combate às Opressões do Sinasefe-SP e do Grupo de Mulheres do IFSP).
Ressalta-se que as condições de trabalho na modalidade “remota” altera profundamente a relação laboral oferecendo repercussões negativas para as trabalhadoras e trabalhadores, com percepção potencializada às primeiras. Observa-se um conjunto considerável de problemas, associados tanto ao acesso, uso, compartilhamento e manuseio dos equipamentos, como a diluição das fronteiras entre o espaço de trabalho e o doméstico.
Articulados, tais problemas promovem uma série de repercussões para o trabalho das/dos docentes e Taes, entre os quais, destacam-se: aumento dos gastos com energia, internet e telefonia; custos da manutenção dos equipamentos transferidos para os trabalhadores; reconfiguração das relações no interior da casa após a adoção do trabalho remoto com consequências psicossociais para os envolvidos; ampliação da jornada de trabalho de Taes e docentes por razões e natureza específicas; aumento do stress e fadiga.
Também destacamos que as relações e condições de trabalho são perpassadas diretamente pelo machismo estrutural permeando toda e qualquer relação. Consequentemente, as repercussões para as mulheres, sejam docentes ou Taes se especificam e, por vezes, se potencializam na situação de confinamento doméstico. Cabe chamar a atenção para as situações em que as trabalhadoras são mães e as principais responsáveis pelos trabalhos domésticos. Na situação de borramento da fronteira trabalho/lar, observa-se a ampliação de horas trabalhadas e significativo rebaixamento da qualidade de vida e de saúde das trabalhadoras.
Na perspectiva de amenizar as repercussões negativas promovidas pelas condições de trabalho remoto, apresentamos, à Reitoria do IFSP, um conjunto de reivindicações para iniciar as conversas e negociar as possibilidades de atendimento:
Endereço:
R. Pedro Vicente, 625 - Canindé, São Paulo - SP, CEP: 01109-010
Email:
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Telefone: (11) 3228-7208
Celular: (11) 98377-0337