Milton Ribeiro, que está sendo processado pelo PGR por crime de homofobia e que já afirmou que a universidade pública deveria ser “para poucos”, agora se vê implicado em um escândalo operado por ordens diretas do presidente Bolsonaro, que tem fortes indícios de improbidade administrativa, crime de responsabilidade e tráfico de influência.
A mais recente denúncia de corrupção foi exposta em duas matérias de peso. A primeira, do Estado de S. Paulo, mostrou que o ministro da Educação tem um gabinete paralelo composto por pastores evangélicos de fora do governo que controlam a verba e a agenda do Ministério da Educação.
A segunda, publicada na Folha de S. Paulo, confirma a “privatização celestial” dos recursos públicos acrescentando um áudio revelador: “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar”, afirma o ministro.
Na conversa revelada, Ribeiro diz que entre as prioridades de sua pasta está o atendimento das demandas dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que, pelo menos desde janeiro do ano passado, têm intermediado o repasse de recursos federais para prefeituras em obras de creches e escolas, quadras e compra de equipamentos de tecnologia.
Para nós, do Sinasefe-SP, a farra com recursos públicos no esquema do “Bolsolão do MEC” é inadmissível! Somamos nosso repúdio à nota oficial das entidades nacionais Andes-SN, Fasubra e Sinasefe que ressaltam: “Os recursos do fundo devem ser destinados para ações de reestruturação e modernização das instituições de ensino, para garantir assistência estudantil a estudantes de baixa renda, ampliar o número de escolas, investir em pesquisa e contratar professores, e não para beneficiar a construção das igrejas”.
Exigimos a demissão imediata de Milton Ribeiro e a investigação do “Bolsolão do MEC”, com a responsabilização do presidente Bolsonaro neste escândalo!
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