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São Paulo, 5 de maio de 2020

Enquanto trabalhadores e trabalhadoras organizados sindicalmente, precisamos compreender a realidade política, econômica e social, bem como atuar localmente e ajudar na definição de estratégias de resistência e luta diante do complexo quadro que vivenciamos.

Nosso embate é tanto contra a pandemia COVID-19 quanto contra um governo federal que potencializa imediata e exponencialmente as incontáveis mortes causadas pelo vírus. Além disso, o governo Bolsonaro continua a ameaçar de morte os serviços e os trabalhadores públicos, tão essenciais para a vida de todos!

O “E daí?” desdenhoso e genocida caminha de mãos dadas com as nefastas contrarreformas previdenciária, trabalhista, educacional, entre tantas, que apontam para a mais absoluta precarização e miserabilidade da classe trabalhadora.

Tais ataques nos motivam à luta para organizar a resistência e a mobilização a partir de estratégias coletivas calcadas em princípios de solidariedade e emancipação. Por outro lado, os bancos e sistemas financeiros, que lucraram bilhões no ano anterior, além de nada contribuírem, ainda recebem privilégios monetários do mesmo governo. Ou seja, enquanto trabalhadores se aglomerarem nos transportes públicos e locais de trabalho, direitos trabalhistas são retirados, a exemplo da MP 936 que permite redução de salários em até 70% inconstitucionalmente, por acordo individual.

Mas, o que fazer? Aos coordenadores locais e militantes da base do Sinasefe-SP, sugerimos:

1. Organizem reuniões com os trabalhadores do câmpus, estimulando o debate da conjuntura, os problemas cotidianos e propondo ações coletivas;

2. Fiquem vigilantes e encaminhem denúncias em relação a possíveis excessos das direções e das chefias;

3. Compartilhem nos grupos locais as comunicações do Sinasefe Nacional e Estadual;

4. Promovam a discussão sobre a necessidade de construção de Conselhos Populares locais ou a participação em atividades já existentes, a fim de estimular a auto-organização dos trabalhadores em defesa da vida e dos seus direitos;

Os Conselhos Populares podem ser formados por bairro, rua ou comunidade. Para formá-los, basta contactar um número de moradores dessa comunidade com a proposta da formação do Conselho e marcar uma reunião (presencial ou por meios digitais). A ideia é que a partir daí, a comunidade possa seguir com o Conselho e fazer suas reivindicações ao poder público de forma organizada.

Alguns campi estão desenvolvendo o trabalho de montar cestas básicas, produzir máscaras, álcool gel, entre outras iniciativas. Nestes casos, o Conselho também pode organizar a distribuição do material na comunidade.

Tais Conselhos devem ser organizados prioritariamente em bairros populares, visto que precisamos organizar a parte da população mais atingida tanto pela pandemia, como pela crise econômica.

5. Realizem parcerias com movimentos sociais que já estão promovendo semelhantes ações, como MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto), MTD (Movimento do Trabalhadores por Direitos), entre outros, e sindicatos da sua cidade ou região;

6. Participem das Reuniões Ampliadas da Comissão de Mobilização e Greve e da Coordenação Funcional do Sinasefe-SP. Os encontros são virtuais e acontecem todas as quintas-feiras, a partir das 17 horas.

O Sindicato somos nós!

GESTÃO UNIDADE, RESISTÊNCIA E LUTA E COMISSÃO DE MOBILIZAÇÃO E GREVE