O Sinasefe-SP realizou uma ampla campanha contra o projeto “Future-se” que prevê a ingerência do capital privado nas instituições públicas de ensino. Além de panfletos e materiais específicos para internet, foram fixados cartazes em todas as unidades do IFSP, com o objetivo de dialogar com a comunidade acadêmica e informar os motivos pelos quais tal projeto deveria ser rejeitado.

Numa tentativa de intimidação contra a luta sindical, apoiadores do governo Bolsonaro vandalizaram os cartazes do Câmpus Pirituba com dizeres como: “acabou a mamata”.

No contexto político que vivenciamos no Brasil, atitudes de violência simbólica, como vandalizar um cartaz ou quebrar uma placa em homenagem à Marielle Franco, por exemplo, não são atitudes isoladas. O fortalecimento da extrema-direita no país está amparado em ataques à organização dos trabalhadores.

Não é à toa que Bolsonaro e seus apoiadores frequentemente atacam os sindicatos e seus ativistas. O objetivo é implementar seu projeto econômico de superexploração da classe trabalhadora e entrega das riquezas do povo sem resistência. Por isso, qualquer ataque às representações dos trabalhadores, nem que seja “apenas um cartaz” deve ser duramente repudiado e combatido.

Felizmente, em relação ao Future-se, a luta sindical foi determinante para que o projeto fosse derrotado no Conselho Superior do IFSP. Aos trabalhadores do Câmpus Pirituba, nossa solidariedade. Aos “vândalos” de extrema-direita que apoiam os desmandos do governo federal contra a Educação e os serviços públicos, nosso repúdio e a certeza que as lutas serão ainda mais intensas em 2020. Não passarão!