O 1º Encontro Regional do Sudeste de Mulheres do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) foi marcado por luta e unidade entre as mais de cem participantes.

Reunidas na Escola Florestan Fernandes, em Guararema, entre os dias 10 e 13 de abril, as servidoras debateram a realidade das trabalhadoras no local de trabalho e formas de, coletivamente, superar os problemas encontrados.

A desvalorização profissional, as duplas e triplas jornadas de trabalho, o racismo e o capacitismo foram algumas das questões levantadas durante a atividade, que contou com mesas de debate, oficinas e Grupos de Trabalho temáticos.

Para Guery Baute, coordenadora de mulheres da Seção São Paulo do Sinasefe, a coletividade foi fundamental para o sucesso da atividade.

“Conversamos sobre temas que permeiam o trabalho, carreira e cuidado. Enxergar uma na outra e construir proposições de políticas para as mulheres no ambiente institucional é fundamental”.

Já para a secretária-adjunta de políticas para mulheres do Sinasefe Nacional e coordenadora estadual do Sinasefe-SP, Grazielle Felício, acredita que o espaço foi importante para identificar os desafios que as trabalhadoras enfrentam em seu cotidiano.

“Para nós, que somos mulheres sindicalistas, entendemos que evento não acaba aqui, temos um desafio maior ainda para o próximo período”.

O nome do encontro homenageou a autora, professora e militante, Lélia Gonzalez, porque representa a diversidade de realidades vividas pelas servidoras presentes no encontro, conta Flávia Cândida, secretária nacional de políticas para as mulheres do Sinasefe Nacional.

“Ela representa esse entroncamento entre várias realidades que se somam aqui. Ela era uma mulher que trabalhava com a educação, representava  a cultura periférica, era uma mulher negra e sofria todas as discriminações que estão relacionadas às mulheres negras”, destaca Flávia. 

 

Encaminhamentos do encontro 

O Encontro Regional Sudeste de Mulheres do Sinasefe gerou propostas concretas para enfrentar os desafios enfrentados pelas trabalhadoras. Entre os principais encaminhamentos estão a criação de comissões para combate ao assédio moral e sexual, políticas antirracistas, apoio jurídico e psicológico para trabalhadoras que cuidam, e ampliação de direitos como licenças maternidade/paternidade e auxílio-saúde.

Além disso, foi defendida a inclusão de servidores terceirizados e a luta contra a precarização do trabalho. A importância de aprimorar a previdência e garantir condições adequadas de trabalho também foi destacada, com foco na redução da carga horária e criação de espaços de apoio à amamentação e cuidados. Baixe aqui os encaminhamentos do encontro.

Confira o minidocumentário ‘Unidas pela transformação’