Via Sinasefe Nacional
Na última semana de dezembro, o SINASEFE participou de coletiva de imprensa, organizada pelo Fonasefe, que tratou do processo de construção de Greve Unificada do Funcionalismo Público Federal, que deve ocorrer no início de 2022 tendo o reajuste salarial dos servidores como pauta.
Contexto
A coletiva foi agendada após a notícia de que Bolsonaro havia favorecido (com reajuste) apenas as carreiras das polícias federais, na proposta do Orçamento para 2022 enviada ao Congresso Nacional, fazendo com que várias categorias do serviço público começassem a pressionar o Governo Federal para também serem contempladas, já que ainda não houve nenhuma reposição salarial relativa à inflação em três anos do atual governo – no caso das categorias representadas pelo SINASEFE, docentes estão sem reajustes desde 2019 e técnico-administrativos desde 2017.
Paulo “Frases Infelizes” Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, enviou um texto a Jair Bolsonaro, a colegas da Esplanada dos Ministérios e a integrantes de sua equipe, onde comparou um eventual reajuste salarial neste momento à tragédia de Brumadinho-MG: “Temos que ficar firmes. Sem isso, é Brumadinho-MG: pequenos vazamentos sucessivos até explodir barragem e morrerem todos na lama”.
Servidores ficaram inconformados com o teor da declaração desastrosa – uma comparação entre a maior tragédia ambiental do Brasil a uma demanda justa da base dos servidores -, o que fortaleceu ainda mais a percepção da necessidade de construção de um movimento de greve para obter um reajuste.
Recuo momentâneo do governo
Sob forte pressão, o Governo Federal recuou no discurso e o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, em entrevista coletiva, declarou que só será decidido em janeiro quais categorias serão contempladas. “Essa discussão ainda está por ser feita, ainda não está definido como serão alocados esses recursos de R$ 1,7 bilhão. A gente ainda não tem uma definição e, ao longo do mês de janeiro, devemos ter mais clareza. A diretriz que a gente trabalha até então é de não reajuste ao longo de 2022”, afirmou.
Coletiva do Fonasefe
Foi neste cenário de incerteza, insegurança e má vontade política do governo em negociar com os servidores que o Fonasefe realizou uma coletiva de imprensa, expondo a construção de uma Greve Unificada de todas as suas entidades para 2022, tendo como pauta o reajuste salarial das categorias – que estão com salários congelados há vários anos!
Os servidores públicos lembraram também da mobilização exitosa do Fonasefe contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) e evidenciaram, em seus discursos, que a luta contra a PEC da Rachadinha se fortalecerá ainda mais ao ser mesclada com a luta por reajuste e recomposição salarial do funcionalismo.
Veja abaixo a íntegra da coletiva de imprensa e fique por dentro do que foi dito pelos dirigentes sindicais aos jornalistas presentes:
Próximos passos
Após o recesso de fim de ano, já nas primeiras semanas do ano que vem, várias categorias irão realizar assembleias para organizar os calendários de mobilização da Campanha Salarial 2022. No caso do SINASEFE, as seções sindicais deverão marcar essas assembleias antes da 170ª PLENA, prevista para ocorrer até 20 de fevereiro.
O Fonasefe se reunirá novamente em 14 de janeiro para retomar o debate sobre a Greve Unificada e a Campanha Salarial do Funcionalismo Federal.
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