Grupos fundamentalistas religiosos tentam intimidar docentes de Ilha Solteira. Sem a manifestação ágil e eficiente da própria instituição, representada pela equipe gestora local, retomamos as premissas da liberdade de cátedra.

A liberdade de cátedra ou liberdade de ensino nada mais é que um princípio que assegura a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber. Enfim, é a liberdade plena que docentes possuem de discutir diversos assuntos que entendam importantes para o ensino em sala de aula e em seus grupos de pesquisa ou estudos. Está assegurada na Constituição Federal (1988) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996).

A Educação Brasileira não pode tornar-se refém de ações fundamentalistas advindas de quaisquer segmentos da instituição escolar (comunidade externa, responsáveis, estudantes, docentes, TAEs). É preciso agir combativamente na defesa da liberdade de cátedra.

Os últimos anos impulsionaram o avanço de grupos religiosos radicais/fundamentalistas em nosso território. Há incitação ao ódio e intolerância promovida por esses grupos a partir do momento em que definem uma “verdade absoluta” sobre a qual não aceitam qualquer questionamento. “Para fundamentalistas, qualquer pessoa que pense ou se expresse de modo diferente daquilo que apregoam, passa a ser identificada como inimiga ou, quando não, como alguém que exige um trabalho intenso de “conversão”.

 

Repudiamos o fundamentalismo religioso, pois nessa esfera de pensamento, o espaço para o pensamento crítico é cerceado, negando-se à pessoa a possibilidade de ouvir e apreender com franqueza e, a partir de então, se expressar. Torna-se inexistente o diálogo aberto, é um grupo que se dá o direito de agredir verbal ou fisicamente quem discorda.

Nós do Sinasefe-SP solidarizamo-nos com nossos(as) colegas docentes e repudiamos qualquer forma de intimidação e cerceamento à liberdade de cátedra. Lembramos que a liberdade de expressão, o pluralismo de ideias são partes fundantes da concepção de escola democrática e plural que defendemos.