Duas pesquisas recentemente publicadas aferiram números precisos acerca de como os profissionais da educação estão sendo vitimados pelo genocídio em vigência.
De acordo com o DIEESE , entre janeiro e abril de 2021, em âmbito nacional, houve aumento de 128% de contratos encerrados em virtude de óbitos entre profissionais da educação: foram 1479 contra 650 no mesmo período do ano anterior – em números absolutos, o setor da educação foi o que apresentou o maior número ao ser comparado a profissionais de outras ocupações.
O estudo da REPU sobre o número de casos de Covid-19 na rede estadual de educação de São Paulo, analisou quatro semanas de retorno às atividades presenciais, entre os meses de fevereiro e março de 2021, e dimensionou o impacto: dados de 299 unidades escolares selecionadas mostraram que a infecção entre professores de 25 a 59 anos foi 192% maior em relação à população da mesma faixa-etária.
A irresponsabilidade de apressar o retorno às aulas presenciais antes das duas doses da vacinação ou da aplicação da dose única (Janssen), do tempo necessário para a produção de anticorpos e, ainda, as falhas nos protocolos sanitários, estão a expor os profissionais da educação, estudantes e seus familiares ao contágio e a mortes evitáveis.
O Sinasefe-SP reafirma sua posição em defesa da vida, contrária ao negacionismo (materialmente motivado pela corrupção na qual o governo Bolsonaro está mergulhado e que a CPI do Senado Federal está desnudando) e adverte que é preciso manter os trabalhos por via remota no IFSP até que toda a comunidade, de fato, esteja imunizada.
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