O Brasil assistiu na última terça-feira, 20 de julho, em rede aberta de rádio e televisão, ao pronunciamento do Ministro da Educação Milton Ribeiro. Com a intenção explícita de pressionar os governadores e prefeitos a retomarem as atividades presenciais nas escolas das redes de ensino do país, afirmou que o tema é uma “necessidade urgente”, que a “vacinação de toda a comunidade escolar não pode ser condição para a reabertura das escolas” e que “estamos preparados”.
Em mais uma peça de negacionismo genocida, o Governo Federal negligenciou que apenas 16,49% da população estão imunizados com as duas doses ou a única da vacinação, que os contratos encerrados (em âmbito nacional) por óbitos entre profissionais da educação aumentaram 128% entre janeiro e abril de 2021 (DIEESE) e que os casos de contágio entre os trabalhadores da educação da rede pública de educação de São Paulo foram 192% maiores em relação à população da mesma faixa-etária (REPU).
Destaca-se que a vacinação ainda não alcançou as faixas-etárias mais jovens e que, de acordo com dados de registro civil levantados pelo portal UOL, a Covid-19 é a principal causa de óbitos motivada por doença entre a faixa-etária de 10 a 19 anos: em média, são 168 mortes por mês, número que ultrapassa os casos de câncer. A convocação irresponsável do ministro ao retorno às aulas presenciais apenas aumentaria esses números.
O Sinasefe-SP reafirma a luta em defesa da vida e pelas condições de ensino remoto para toda a comunidade acadêmica do IFSP até que, verdadeiramente, a imunização completa ocorra para todas e todos.
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