Informações originalmente publicadas em http://www.acaoeducativa.org.br/
Sinasefe-SP é uma das entidades que assina a Nota Pública “O Ensino Não Presencial e o Aumento das Desigualdades Educacionais: ninguém pode ser excluído!”
O debate público e as redes sociais repercutem uma forte mobilização social pelo adiamento do calendário de aplicação do Enem. Em diversas redes estaduais e municipais que adotaram o ensino não presencial, contudo, seguem as rotinas de avaliação de escolas e alunos, com atribuição de notas e de suas consequências na vida escolar.
É o que ocorre no Estado de São Paulo, onde a Secretaria de Educação (Seduc-SP) decidiu manter os calendários Site externo de avaliações escolares bimestrais e a aplicação da 1ª AAP – Avaliação de Aprendizagem em Processo (entre 25 e 29 de maio), que produziria dados sobre aprendizagem e orientaria ações nas escolas. Sua manutenção pressiona as famílias mais vulneráveis e produz dados errôneos sobre o ensino na rede diante da grande exclusão de estudantes do processo educativo provocada pelo Covid-19 e pelas limitações do programa de ensino remoto “Aprender em Casa” [1].
O Sinasefe-SP é uma das entidades que apoiam a iniciativa da Rede Escola Pública e Universidade (REPU) e o Grupo Escola Pública e Democracia (GEPUD) que apontam a urgente necessidade de “suspensão de todas as avaliações, incluindo os testes em larga escala, até que a situação seja debatida, em cada escola, por todos os atores envolvidos no processo educativo e o adiamento do Enem”, lançando a Nota Pública “O Ensino Não Presencial e o Aumento das Desigualdades Educacionais: ninguém pode ser excluído!” e a Campanha #SemAulaSemNota.
Acesse aqui a Nota Pública O Ensino Não Presencial e o Aumento das Desigualdades Educacionais: ninguém pode ser excluído!
Contradizendo as recomendações de isolamento social editadas pelo próprio Estado, profissionais do magistério foram convocados a retornar às escolas nos últimos dias, justamente durante a aceleração do contágio no Estado, para distribuição das avaliações aos pais e responsáveis, numa rede de 3,5 milhões de alunos. Mais uma vez a exclusão de grande parte dos alunos se confirmou. Alertam os educadores que a consequência de manter tais calendários será consolidar o agravamento das desigualdades atuais de acesso, consolidando-a em notas e consequências pedagógicas e de gestão que podem marcar a trajetória de alunos, escolas e professores.
Apoiam esse pedido
Esse pedido conta com o apoio de diversas entidades, associações e movimentos do campo educacional: Ação Educativa, Associação Brasileira de Ensino de Biologia (SBEnBio), Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais (ABECS) – UR-São Paulo, Associação Nacional de História – Seção São Paulo (Anpuh-SP), Associação Nacional de Pesquisadores em Financiamento da Educação (Fineduca), Associação Nacional de Política e Administração da Educação (Anpae), Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (Anpof), Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope), Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes), Comitê SP da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, Escola Dieese de Ciências do Trabalho, Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), Fórum Municipal de Educação de São Bernardo do Campo, Fórum Nacional de Coordenadores Institucionais do Parfor (Forparfor), Fórum Nacional de Diretores de Faculdades/Centros/Departamentos de Educação ou Equivalentes das Universidades Públicas Brasileiras (Forumdir), Fórum Nacional dos Coordenadores Institucionais do PIBID e Residência Pedagógica (Forpibid-RP), Grupo Interinstitucional de Queixa Escolar, Juventude do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Movimento de Ativistas Sociais de Santo André (Massa), Movimento Independente Mães de Maio, Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio, Rede Ubuntu de Educação Popular, Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, Seção São Paulo (Sinasefe-SP)
O que mais pedem as Redes e Associações de Educadores?
Que a decisão sobre o retorno às aulas presenciais respeite as orientações sanitárias.
Que as decisões sobre a organização das escolas para o retorno às aulas presenciais sejam debatidas com a comunidade escolar. As secretarias de educação precisam dialogar com professores, diretores, estudantes e famílias sobre os melhores encaminhamentos.
A implementação de políticas de democratização que garantam amplo acesso à internet e equipamentos a todos os estudantes, durante e após a pandemia.
Que as decisões sobre o calendário letivo de 2020 sejam tomadas de forma democrática, com ampla participação das comunidades escolares. A garantia do direito à educação deve orientar a reorganização dos conteúdos escolares, de forma a evitar exclusões.
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