O governo Lula começou a semana querendo destruir a nossa greve. A narrativa usada: a Proifes, entidade cartorial criada para trair a classe trabalhadora, assinou um acordo hoje (27/05) e com isso ‘não teríamos mais o que fazer’. Do ponto de vista jurídico, o SINASEFE vem tomando todas as medidas necessárias e seguirá disputando todos os instrumentos cabíveis na esfera legal. Contudo, a maior disputa se dará no campo político, pois é a luta organizada da categoria que definirá o peso da assinatura do referido ‘acordo’ .

Nosso desafio agora é resistir à ofensiva do governo com a sua intransigência, algo que não aconteceu em 2012 e em 2015. No entanto, desta vez o governo cometeu um ato falho: ele partiu para essa linha de enfrentar e desmontar a nossa mobilização no momento em que nossa greve está forte, inclusive, nos locais onde, virtualmente, a pseudoentidade signatária do acordo teria organização. Nos cinco locais que eles “dirigem” a greve vai continuar, os comandos de greve criados pela categoria vão manter a greve!

Esse cenário nos coloca em uma situação diferente dos anos de 2012 e 2015. O governo errou a mão, errou feio! A vitória de hoje não foi pequena: o governo recuou do que seria uma cerimônia de assinatura organizada e agendou uma reunião para na segunda-feira (03/06). Ainda que afirmem previamente que não vão ceder, eles já cederam ao agendar a nova rodada.

Você, trabalhador(a) em greve, acha que se a gente manter essa greve forte crescendo, radicalizando, fazendo avançar essa mobilização, o governo vai chegar segunda (03/06) e dizer que não tem nada para a categoria? Tudo dependerá da nossa força, da nossa vontade de lutar.

Logo, é preciso reafirmar que do ponto de vista jurídico, não existe justificativa de parar a greve por causa da assinatura do Proifes. Qual é o papel deles? É fazer exatamente isso que estão fazendo: na hora do enfrentamento, assinam papéis e tentam desmoralizar as ações de luta que a categoria protagoniza.

Deste modo, seguindo o que deliberamos na 191ª PLENA, vamos manter e avançar na greve. Como fazer isso? Discutindo em nossas assembleias a necessidade imperiosa de radicalizar nossas ações: manter nosso locais de trabalho parados, zerar furos de greve, atividades não essenciais que, porventura, possam estar acontecendo ainda.

Faremos no dia 3 de junho um Dia Nacional de Luta da Educação Federal e, até lá, devemos procurar as(os) parlamentares que dizem estar ao nosso lado, a fim de que atuem nesse processo, cobrando ao Governo e à ministra Ester Dweck que intervenham com Feijóo, pressionando pela negociação legítima.

Essa greve vai crescer ainda mais! Fizemos bonito na nossa plenária: ao rejeitarmos a proposta do governo e apresentarmos uma contraproposta da categoria, o Governo não pode nos chamar de ‘intransigentes’. Neste momento, contamos com mais de 560 unidades (campi e reitorias) em greve em todo o território nacional, ratificando a extensa pauta de reivindicações que vai desde a recomposição das perdas salariais de Docentes e TAEs, reestruturação de carreiras, recomposição do orçamento da Rede Federal de Educação e revogação de medidas tomadas nos governos anteriores que precarizam o funcionamento da Rede e as condições de trabalho e estudo.

Vamos seguir em mobilização e fortalecer a greve da Educação federal!

DIREÇÃO NACIONAL DO SINASEFE

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Postagem atualizada em 27/05/2024 às 23h53 | Autor: SINASEFE Nacional