Conteúdo publicado originalmente em: sinasefe.org.br

Celebramos nesta segunda-feira (29/01) o Dia Nacional da Visibilidade Trans, data que reforça a importância da valorização da diversidade sexual e de gênero. A data foi escolhida após a realização, em 2004, de um ato nacional para o lançamento da campanha “Travesti e Respeito”.

Neste oportuno momento de memória e reflexão, o SINASEFE ressalta a urgente necessidade do respeito às pessoas integrantes dos movimentos trans (travestis, transexuais e transgêneros) e saúda a deliberação da sua base tomada no 35º CONSINASEFE, que instituirá, a partir da próxima gestão da Direção Nacional, a Coordenação LGBTQIAPN+.

Ataques aos direitos

Ao longo dos governos anteriores mais recentes (Temer e Bolsonaro), a perda de direitos dos brasileiros se aprofundou drasticamente, mas, quando se trata da população trans, a realidade é ainda mais preocupante.

“Nestes últimos anos, o recuo em relação às políticas públicas LGBTQIAPN+ cresceu e alcançou todas as esferas, como a saúde, segurança pública, direitos humanos, entre outros, sobretudo, a educação; e o princípio da dignidade da pessoa humana, que deve ser compreendido como a garantia das necessidades vitais de cada pessoa, foi negado neste período, aumentando os índices de violência contra nossa população e a negação do direito à cidade”, destaca a publicação O desmonte das políticas públicas LGBTI+ de 2016 a 2022, da Rede Nacional de Pessoas Trans Brasil (RedeTrans).

Enfrentamento às violências e à invisibilização

Sara Wagner York, doutoranda em Educação e ativista trans, participou da mesa LBTIQA+ e cultura sindical: o (não) lugar na política durante o 3º Encontro de Mulheres do SINASEFE, realizado em agosto de 2022, em Fortaleza-CE.

Ela entregou ao SINASEFE um dossiê denominado Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras em 2021. O documento, publicado desde 2017, aborda diversos aspectos desafiadores da comunidade. Além de denunciar a violência, explicita a necessidade de políticas públicas focadas na redução de homicídios contra pessoas trans, “(…) traçando um perfil sobre quem seriam estas pessoas que estão sendo assassinadas a partir dos marcadores de idade, classe e contexto social, raça, gênero, métodos utilizados, além de outros fatores que colocam essa população como o principal grupo vitimado pelas mortes violentas intencionais no Brasil. As respostas à situação geral em que se encontram as pessoas trans ainda são insatisfatórias por parte da administração pública, dos estados e do governo federal”, afirma o documento.

SINASEFE contra a transfobia

Diante do cenário ainda devastador contra uma população invisibilizada e em condição de vulnerabilidade, o SINASEFE reafirma seu posicionamento em apoio às lutas contra toda forma de preconceito e opressão, e a luta contra a transfobia faz parte desse enfrentamento.

Nesse mês de janeiro, o SINASEFE tem atuado politica e juridicamente contra a injusta demissão da professora Êmy Virgínia, primeira docente trans do IFCE, que foi demitida em 05/01/2024 por um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) irregular, com cunho transfóbico.

Respeite o nome, a identidade e a forma das pessoas trans amarem e serem felizes. Por um mundo sem transfobia!

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