No Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher, a Coordenação de Políticas para Mulheres reafirma o compromisso sindical do SINASEFE em combater toda e qualquer violência contra à mulher. Essa data foi criada em 1980, a partir da organização de um movimento nacional em São Paulo e se faz de suma importância, considerando que a nossa sociedade ainda reproduz os traços patriarcais, machistas e misóginos que se expressam, inclusive, nas diversas formas de violências às mulheres. Dessa maneira, enquanto entidade sindical, compreendemos que é fundamental combater os discursos e práticas que legitimam as diversas violências e silenciamentos de mulheres, buscando construir ações que garantam que as mulheres ocupem todos os espaços de visibilidade social, fazendo o enfrentamento da ausência das mulheres nos diferentes espaços dos movimentos sociais e nas narrativas construídas, bem como às práticas violentas nesses espaços.
De acordo com dados divulgados em 2023 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa, infelizmente, o quinto lugar no ranking mundial de violência contra à mulher. Violência que se expressa de diversas formas, sobretudo através do assédio sexual, moral, da violência psicológica, patrimonial, da transfobia e da violência física, que diversas vezes culmina em feminicídios, do racismo, entre outras. Além disso, estudo realizado pelo Instituto Datafolha e intitulado “Visível e Invisível: A vitimização de mulheres no Brasil” mostra que, em 2022, cerca de 50 mil mulheres sofreram algum tipo de violência. Para as mulheres pretas, os indicadores de violência são ainda mais alarmantes, indicando que 48% já sofreu algum tipo de violência ao longo da vida, diante de 33% da população em geral.
Numa sociedade majoritariamente feminina, já que conforme dados do Censo Demográfico de 2022 51,5% da população é composta por mulheres, o combate à toda forma de violência contra à mulher deve ser princípio ético e político de todos os atores e atrizes envolvidos na cena política e pública. Dessa maneira, a Coordenação de Políticas para Mulheres enfatiza a necessidade desse debate ser posto, construído e incentivado nos espaços de discussão e deliberação do nosso sindicato nacional. É fundamental construir ciclos formativos, espaços de acolhimento e inclusão social, encontros regionais e nacionais de mulheres, para que as pautas relacionadas às mulheres ganhem protagonismo sindical e possamos construir um SINASEFE cada vez mais feminino e feminista, além de potencializar o debate nas nossas instituições, em defesa de mulherarmos nossos cotidianos de vida, de política, de afeto e de trabalho.
Nosso sindicato deve se comprometer, cada vez mais, com a luta em defesa das mulheres, para que possamos criar um espaço que não reproduza as violências e discursos de ódio vivenciados em outros cotidianos e esferas das relações sociais, de forma a combater as práticas misóginas e machistas que buscam controlar nossos corpos e fazer com que as mulheres retornem às estruturas circunscritas à esfera privada que, historicamente, lhe foram destinados pela sociedade patriarcal.
A Coordenação de Políticas para Mulheres reafirma seu compromisso no combate à todas as formas de violência contra à mulher. Seguiremos comprometidas com a defesa intransigente das pautas de gênero e das mulheres, para que as mulheres sigam ocupando as arenas de debate, os espaços de poder e de tomada de decisões.
O SINASEFE será feminista! Ou não será!
Coordenação de Políticas para Mulheres do SINASEFE
(Flávia Cândida do Nascimento de Souza e Grazielle Nayara Felício Silva)
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