Desde o dia 3 de abril, diferentes campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) entraram em greve aderindo ao movimento paredista realizado em todo o país, com unidades parando suas atividades regulares em datas diferentes, algumas totalmente e outras de maneira parcial. De lá para cá, o movimento paredista não parou de crescer. No total, são 32 das 37 unidades do IFSP em greve e mais de 470 campi em todo o Brasil.

Com a paralisação dos servidores dos Institutos Federais a partir do dia 3 de abril (somando-se aos técnico-administrativos das Universidades Federais que já estavam em greve), rapidamente o governo se movimentou e convocou as entidades representativas para reuniões para uma nova rodada de negociação da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), que trata da recomposição salarial do conjunto dos servidores públicos federais, no dia 10 de abril e para a primeira reunião da Mesa Setorial da Educação, no dia 11 de abril. A proposta apresentada pelo governo mostrou-se aquém daquela aguardada pelas categorias: um acordo a ser assinado pelas entidades até 19/04 propondo além do reajuste nos valores do auxílio alimentação e pré-escola (já apresentados anteriormente na mesa permanente), a elevação nos valores do benefício saúde suplementar, priorizando quem ganha menos e tem maior idade. Nos termos desse acordo, o governo propõe que a MNNP seja suspensa e que as negociações por reajustes que se incorporem às Mesas Específicas e Temporárias já em andamento – que tratam das reestruturações das carreiras – e estes sejam negociados separadamente por categoria.

A ministra de Gestão e Inovação concedeu entrevista na quinta, 11, e comentou sobre o esforço do governo para conseguir espaço no orçamento e apresentar uma contraproposta em uma ou duas semanas. Na mesma quinta-feira, o governo convocou a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para reunião e indicou o empenho para atender as reivindicações. O governo também convocou as entidades representativas para uma reunião na próxima sexta-feira, dia 19, na qual se espera haver uma contraproposta aceitável.
Portanto, o movimento paredista já resultou numa maior mobilização e atenção por parte do governo à situação precária nas Instituições Federais de Ensino e de seus servidores. E na semana do dia 15 de abril, docentes das Universidades aderem à greve, somando-se ao movimento paredista. Durante os próximos dias, diferentes atividades em defesa da educação federal estão programadas, com destaque para a Audiência Pública na Câmara dos Deputados (16.04, às 16 horas), a Marcha dos Servidores Públicos Federais em Brasília (17,04, às 9 horas) e as Atividades Setoriais e Específicas pela Reestruturação das Carreiras.

A título de exemplo, para a semana do dia 15, sugerimos reforçar ainda mais a mobilização de uma greve que se constrói muito forte e organizada, realizando diferentes atividades no IFSP, de acordo com a dinâmica dos campi e cidades, entre outras:

. Gravar vídeos em defesa dos Institutos Federais
. Divulgar texto na mídia local sobre a greve
. Dialogar com os vereadores e vereadoras das respectivas cidades sobre as condições orçamentárias e de trabalho nos Institutos Federais
. Confira como foi a Audiência Pública na Câmara dos Deputados sobre a defesa das Instituições Federais de Ensino (16 de abril)
. Realizar atividade pedagógico-cultural na região central de cada cidade, especialmente no dia 17, quarta-feira
. Enviar e-mails aos parlamentares sobre as condições orçamentárias e de trabalho nos Institutos Federais
. Divulgar nas redes sociais as #greveporqueegrave; #grevenosinstitutosfederais no dia 17 de abril
. Desenvolver oficina de produção de cartazes em defesa da Educação
. Realizar abraçaço no campus
. Fazer reunião com os responsáveis legais dos estudantes do Ensino Médio Integrado (“Que IF que queremos?”)
. Participar de programas locais de entrevista
. Realizar assembleia dos servidores e servidoras

Comando Estadual de Greve do SINASEFE-SP